segunda-feira, 22 de maio de 2017

Bomba: Clubes e ligas querem saber pra onde foi mais de R$ 2 milhões da FPF

Num momento em que o Brasil vive tempos conturbados com a iminente queda do presidente, o segundo em menos de um ano, diante da corrupção desenfreada... um escândalo agita os bastidores do futebol na Paraíba. Insatisfeitos com a forma do presidente Amadeu Rodrigues comandar a Federação Paraibana de Futebol, clubes profissionais/amadores e ligas desportivas que formam a entidade impetraram com ação na justiça diante de possíveis irregularidades na prestação de contas da federação referente aos exercícios de 2015 e 2016. Querem saber onde foi parar montante superior à R$ 2 milhões, somente no ano de 2015, repassados pela CBF e outras receitas.
Por conta disso, a FPF pode vir a sofre intervenção da justiça comum ou até mesmo da própria CBF, que não vê com bons olhos essa situação. Em dezembro do ano passado, quase 50 clubes e ligas filiados solicitaram em petição à federação convocação por edital, com urgência, da assembleia geral, para que a presidência prestasse contas do exercício de 2015, sob pena de ser acionada civil, criminal e administrativamente. Sem resposta até hoje, impetraram ação judicial contra Amadeu na 13ª Vara Cível da Capital. Até hoje, Amadeu fez vista grossa à representação, dizem clubes e ligas. Segundo eles, a prestação de contas deve ser aprovada pelo conselho fiscal da entidade, conselho independente e pela maioria dos associados, em assembleia geral. O que não acontece desde 2015.
A relação com os clubes e ligas estremeceu quando Amadeu convocou assembleia, no final de 2015, com intuito de modificar os estatutos da entidade, mas teve grande surpresa ao ver a proposta rejeitada pelos associados. A ideia era limitar o poder de voto dos clubes amadores e ligas, em torno de 60 votos, que passariam a ter direito a apenas um voto, concentrando o poder na presidência. Segundo informações, o presidente pretende convocar uma assembleia geral, nos próximos meses, para tentar conseguir o feito e, ato contínuo, propor a antecipação das eleições marcada para dezembro de 2018. E com isso garantir mais quatro anos no comando da FPF.
A limitação do poder dos clubes e ligas teria como pano de fundo neutralizar a influência exercida nos mesmos pela ex-presidente da entidade, Rosilene Gomes, e o atual vice-presidente, Nosman Barreiro Paulo. Justamente a dupla que foi fundamental para a eleição de Amadeu em dezembro de 2014, que parecia perdida. Na ocasião, o eleitorado que sempre aclamou Rosilene estava dividido por não aceitar Amadeu que concorria contra um candidato com sobrenome de peso: Coriolano Coutinho, irmão do governador Ricardo Coutinho, que tinha como candidato a vice Ariano Wanderley, então ex-dirigente do Botafogo. Estimado pelos clubes e ligas do interior, Nosman concorria como terceira via e disputava em igualdade com Amadeu. o que favorecia Coriolano.

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