BRASÍLIA - Um protesto de policiais civis contra a reforma
da previdência provocou tumulto e quebra-quebra nesta terça-feira, 18,
no prédio do Congresso Nacional. O deputado Lincoln Portela (PRB-MG)
disse que, pelo menos, seis policiais foram detidos.Segundo o
parlamentar, seriam dois policiais rodoviários federais, dois federais e
pelo menos dois policiais civis detidos na delegacia interna da Câmara.
Os manifestantes tentaram entrar no prédio
da Câmara dos Deputados pela chapelaria - um dos principais acessos de
parlamentares, imprensa e público em geral. Eles são de sindicatos da
polícia civil de pelo menos cinco Estados: Minas Gerais, Ceará, Paraná,
Espírito Santo e Santa Catarina.
O acesso do grupo ao prédio foi impedido pela segurança
legislativa e o confronto teve início com a presença, inclusive, da
tropa de choque. Foram lançadas bombas de gás lacrimogêneo, gás de
pimenta, muitas pessoas estão passando mal e os manifestantes quebraram
os vidros da chapelaria.
O acesso ao prédio do Senado foi trancado e o
plenário da Câmara dos Deputados, onde está prevista a votação na tarde
de hoje do projeto de recuperação fiscal dos Estados, também foi
fechado.
Depois do quebra-quebra na chapelaria, os policiais
deram a volta no espelho d'água e subiram a rampa do Congresso para
tentar invadir o Salão Negro. A tropa de choque da Polícia Legislativa
conseguiu conter o grupo fora do prédio, evitando mais danos ao
patrimônio público.
Um grupo de manifestantes foi recebido na liderança do
governo para uma conversa com o relator da reforma da Previdência, o
deputado Arthur Maia (PPS-BA). Segundo Lincoln Portela, o grupo está
frustrado com a proposta, que chamou de "colcha de retalhos". O
parlamentar afirmou que a categoria está há meses negociando, mas sem
sucesso.
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