domingo, 8 de janeiro de 2017

Eleições de 2018 racham o PMDB paraibano

Imagem ilustrativaA escolha do novo governador da Paraíba no próximo ano causou um racha no PMDB. A troca de recados entre os dirigentes da legenda reforça a queda de braço que existe entre dois grupos. Um defende a manutenção de uma aliança feita para as eleições do ano passado em João Pessoa, entre o PSD e o PSDB. A outra ala defende que o partido converse com o governador Ricardo Coutinho (PSB), podendo indicar até mesmo o vice na chapa que deve ser encabeçada pelos socialistas.

Na última semana, o senador Raimundo Lira descartou que teria pretensões de ser o candidato a governador no pleito do próximo ano. Ele disse que vai manter sua candidatura ao Senado, pois ainda tem muito a contribuir como senador. Diante dessa decisão, Lira defende que o PMDB esteja mais próximo do PSB nas próximas eleições e chegou a dizer que a decisão sobre 2018 ficará a cargo da Executiva Nacional da legenda. 

Depois das declarações do senador, o presidente municipal do PMDB, Manoel Júnior, disse que a decisão sobre as próximas eleições cabe apenas à Executiva Estadual. “A Executiva Nacional não tem nada a ver com isso. É um ledo engano. A Executiva Nacional não vai interferir nos estados. O PMDB não pratica essa ditadura de verticalizar as eleições”, rebateu Manoel Júnior.

Mesmo com o impasse, Lira garante que não existe divisão ou racha na sigla, já que o PSB e o PSD, do prefeito Luciano Cartaxo, fazem parte da base do governo Michel Temer (PMDB).

“Os dois lados estão corretos, com posições divergentes. O PMDB tem uma tendência de quando se aproxima das eleições o partido então vai se organizar para tomar uma posição unânime. Se o candidato de Maranhão estiver melhor, com maior aceitação nas pesquisas, todos vamos apoiar. Em 2018, se meu relacionamento com o governador continuar como está vou defender que o PMDB fique junto. E vamos levar à Nacional”, disse.

O PMDB sofreu duas baixas no ano passado por conta da aproximação com o PSDB. Os deputados estaduais Gervásio Maia, agora do PSB, e Trócolli Júnior, do Pros, deixaram a legenda já prevendo que o partido não ficaria na base do governador Ricardo Coutinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário