terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Gerente regional fala sobre desativação de escolas no Vale e diz que há muito boato sem fundamento




Um plano de reordenamento escolar determinado pela Secretaria de Estado da Educação vai acarretar o fechamento de algumas escolas estaduais no Vale a partir do próximo ano letivo, o que está causando polêmica, mas a gerente regional de Educação, a professora Maria do Carmo (foto), esclareceu que muitas informações que circulam nas redes sociais e na imprensa sobre o plano não têm fundamento.
                Segundo esclareceu ela, não procede o boato de que o estado vai fechar 17 escolas no Vale. “Isso não tem veracidade, mas o que está ocorrendo é que alunos de algumas escolas migrarão para outras, dentro do plano de reordenamento, e poucas escolas serão desativadas, e isso em razão da baixa quantidade de alunos e também de índices e indicadores que apontam para um aprendizado não muito satisfatório nessas escolas”, comentou a gerente.
                Ducarmo, como popularmente é conhecida, disse também que tudo está sendo feito a partir de estudos técnicos e diálogo com a comunidade escolar, rebatendo algumas críticas de que as escolas estavam sendo desativadas sem critérios e que os educandários que vão receber os estudantes atingidos pelo reordenamento podem não ter espaço suficiente para abrigar tantos alunos subitamente. “Mas há estudo e avaliações de que não haverá prejuízo para o ensino, ao contrário, o objetivo é melhorar o aprendizado e todos os alunos terão vagas garantidas”, comentou Maria do Carmo.
                Dentro do plano de reordenamento, em Conceição, por exemplo, a escola Leomar Leite será desativada e seus alunos irão para o colégio Calula Leite. Há também a possibilidade da escola Nossa Senhora de Fátima encerrar suas atividades a partir do próximo ano, mas isso ainda está sendo avaliado.
               Em Boa Ventura, os alunos da escola Emília Diniz serão relocados para a João Cavalcante Sula, ficando a Emília sem utilidade a partir de 2017. No distrito de Cachoeirinha, em Ibiara, a escola Olivina Carneiro poderá também ser desativada em face do pequeno número de alunos, que serão destinados para a cidade, o que ainda está sendo estudado.
                Em Coremas, a escola Carlos Luiz vai absorver os alunos da escola Cônego Bernardo, que deverá ser desativada, enquanto em Itaporanga a escola Terezinha Gomes poderá também ser alvo do novo plano de reordenamento escolar. Já em Aguiar é a escola Bernardino Bento quem encerrará suas atividades e seus alunos serão matriculados na Agenor Mendes, onde houve estudos para avaliar a capacidade da escola e tudo está ocorrendo com organização e transparência, conforme a gerência de educação.
                Em Piancó, a escola Nazaré Remígio será transferida para a rede municipal, mas a polêmica maior na cidade é com relação a outra escola, a Santo Antônio. Circulou a informação de que a escola, uma das mais antigas do município, seria fechada, mas a gerente de ensino esclarece que essa notícia não partiu da gerência e não é verdadeira, até porque, conforme ela, um estudo ainda está sendo concluído para decidir o destino do educandário.
                Conforme Ducarmo, tanto a escola Santo Antônio quanto a Beatriz Loureiro, que ficam bem próximas uma da outra, estão subutilizadas, ou seja, tem poucas turmas e uma delas terá que ser desativada, mas ainda não se sabe qual. Estudos estão sendo feitos neste sentido.
               Já ocorreram algumas manifestações nas ruas e nas redes sociais contra o suposto fechamento da escola Santo Antônio, por ser considerada um patrimônio histórico da cidade. No entanto, a gerente entende que a escola tem uma função mais importante do que a questão histórica, que é de garantir uma boa aprendizagem ao seu alunado, mas a escola não está bem, conforme Maria do Carmo. “Seu Ideb é um dos mais baixos do estado e parece que não há interesse de muitos dos seus professores em melhorar a aprendizagem, porque, por exemplo, não aceitaram um projeto que o governo destinou à escola para melhor seu ensino”, disse.
                Maria do Carmo reconhece que o reordenamento vai reduzir os empregos na educação e muitos professores e servidores escolares não terão seus contratos renovados com o estado a partir do próximo ano, o que, conforme ela,  é o que tem motivado a polêmica e a resistência, e não prejuízo ao ensino, como muitos falsamente alegam. “A gente lamenta a perda de postos de trabalho na educação, mas não há o que se fazer, principalmente neste tempo de profunda crise econômica”, argumentou.

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