A
ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Theresa de Assis
Moura determinou ontem (10) que técnicos do tribunal investiguem
supostas irregularidades nas contas da campanha eleitoral do senador
Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República em 2014. As contas do
candidato ainda não foram julgadas porque a Justiça Eleitoral prioriza
as prestações dos eleitos.
A
medida foi motivada após supostas irregularidades terem sido apontadas
pelo PT em abril. De acordo com o partido, a campanha contratou empresas
que não tinham capacidade para prestar os serviços. Além disso, segundo
o PT, houve “alto volume” de transações bancárias e há indícios de que
algumas empresas são de “fachada”, por não terem sido apresentados ao
TSE os contratos de prestação de serviços.
Na
decisão, Maria Theresa determinou que técnicos do tribunal investiguem,
com a ajuda da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU),
os dados contábeis fornecidos por empresas que prestaram serviços à
campanha de Aécio Neves, a relação de empregados contratados e quais
empresas foram criadas em 2014, ano da eleição.
Em
nova manifestação sobre o processo, assessoria jurídica do PSDB
reafirmou, em nota, que não há irregularidades nas contas. Em abril,
após o pedido do PT, o partido declarou que as acusações dos petistas
são “desprovidas de qualquer veracidade”.
"As
denúncias apresentadas pelo PT nas prestações de contas do PSDB são
totalmente inconsistentes, tendo em seu conteúdo nítido propósito
político, e serão todas esclarecidas oportunamente, pois não há qualquer
irregularidade nas despesas efetuadas pelo partido", diz a nota
divulgada na noite de hoje.
PT, PP e PMDB
Terça-feira
(9), durante sessão do TSE, a ministra Maria Thereza de Assis Moura,
que ocupa o cargo de corregedora da Justiça Eleitoral, sugeriu abertura
de investigação eleitoral contra o PP, o PT e o PMDB, com base nas
delações premiadas de investigados na Operação Lava Jato.
Apesar
de sugerir a investigação, a ministra pediu ao plenário que os
processos envolvendo os partidos sejam distribuídos livremente entre os
demais ministros, por entender que a questão não deve ser analisada
somente pelo corregedor. O mandato da ministra no TSE termina em três
semanas.
RedeTV
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