A estiagem dos
últimos quatro anos criou cenários sombrios e inimagináveis na
hidrografia do Vale. Depois da seca do açude Cacheira dos Alves, que
abastecia Itaporanga, agora um outro importante reservatório regional dá
seus últimos suspiros.
O açude Serra Vermelha, até bem pouco tempo responsável pelo
abastecimento de Conceição, está hoje com menos de 1% de sua capacidade,
o que significa algo em torno de 100 mil metros cúbicos,
impossibilitando a captação da água pela Cagepa para a distribuição na
cidade.
Com isso, a nova adutora, que retira água de um outro açude, o Condado,
foi acionada, mas não tem capacidade para abastecer toda a cidade e
muitos bairros sofrem com a falta d’água, conforme o vereador Edvaldo
Ramalho. “Já previa que essa adutora não iria resolver o problema, só
foi discurso político”, lamentou o parlamentar mirim.
Um outro açude regional, que, embora seja o maior do estado, também se
encontra seriamente ameaçado é o de Coremas, que está atualmente com
pouco mais de 5%. Isso significa apenas 30 milhões de metros cúbicos,
pouca água para um reservatório que abastece dezenas de cidades no
estado e fora dele, além de sofrer com o desperdício e a utilização
indevida da água no Rio Grande do Norte, como foi denunciado pela Folha
semanas atrás.
As previsões são de que, se não chover forte e continuado até o começo
de 2017, o açude coremense pode secar no primeiro semestre do próximo
ano, o que seria catastrófico para o sertão paraibano e uma vasta área
potiguar.
Folha do Vale
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