quinta-feira, 21 de julho de 2016

Em Itaporanga, médico atrasa atendimento em mais de 4h e revolta pacientes do serviço público



              Por Folha do Vale - Uma moradora do conjunto Chagas Soares, em Itaporanga, entrou em contato com a Folha por volta das 18h30 desta quarta-feira, 20, para denunciar que estava desde o meio-dia no Centro Médico Manoel Medeiros Maia, que é da Prefeitura, esperando uma consulta com um otorrinolaringologista para sua filha de apenas dois anos. O problema, segundo ela, é que o médico ainda não tinha comparecido para iniciar o atendimento, e as cerca de 32 pessoas, que pegaram fichas, estavam revoltadas com a demora do profissional.
             A mulher foi informada que o médico estava atendendo em uma clínica privada e só iria se dirigir ao Centro Médico quando terminasse a consulta de seus pacientes particulares, embora a consulta na unidade pública estivesse prevista para começar às 14h.  “E isso é um absurdo porque deixamos nossos afazeres domésticos pensando que seríamos atendidos cedo, mas infelizmente somos tratados como seres de quinta categoria”, desabafou a denunciante. Ela teme que, quando o médico chegar, “se é que ele vá chegar hoje”, outras pessoas que comparecerem após ela sejam atendidas primeiro ou o médico já não tenha condições físicas e emocionais de fazer uma consulta satisfatória no serviço público, depois de um intenso trabalho na clínica.  Um problema que recai sobre a Prefeitura, que é quem está pagando ao profissional.
           A moradora revelou que sua filha está com o ouvido "estourado" e a menina vem sofrendo muito com o problema auricular. Na mesma situação estavam outras crianças que buscavam atendimento, muitas das quais levadas por suas mães e pais de sítios e até de cidades circunvizinhas, conforme afirmou a mulher.  
           São muitas as queixas em desfavor da saúde pública de Itaporanga e região, razões pelas quais deveriam provocar uma investigação profunda do Ministério Público para saber as causas de tantos problemas, especialmente com relação a consultas especializadas, medicamentos e cirurgias. 

Fonte: Folha do Vale Online

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