O ex-ministro , Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira
(23) em um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília.
Ele é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Carlos Gabas,
ex-ministro da Previdência do governo Dilma, também foi alvo. Ele foi
levado em condução coercitiva, que é quando a pessoa presta depoimento e
depois é liberada.
Em
Pernambuco, pelo menos duas pessoas foram presas. Até a última
atualização desta reportagem, a PF não havia informado quem eram os
presos no estado.
A operação foi batizada de “Custo Brasil” e
cumpre 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul,
Pernambuco e Distrito Federal.
Do total de mandados nesta quinta, 11
são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução
coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento. Um dos
mandados de busca foi cumprido na casa de Bernardo e Gleisi, no bairro
Água Verde, em Curitiba.
A defesa de Paulo Bernardo disse que
desconhece as razões da prisão, e que estranha, porque o ex-ministro
sempre se colocou à disposição das autoridades.
Policiais federais
também estão na sede do PT no Centro de São Paulo. Os presos e o
material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na
capital paulista.
A PF informou que o objetivo da operação é
apurar o pagamento de propina referente a contratos de prestação de
serviços de informática no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de
2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos ligados
ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Há
indícios de que o MPOG direcionou a contratação de uma empresa de
prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do
crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos
federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito
consignado, de acordo com as investigações.
“Segundo apurou-se,
70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas
ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no
MPOG por meio de outros contratos – fictícios ou simulados”, diz a PF.
Os
crimes investigados na operação são de tráfico de influência, corrupção
ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa,
com penas de 2 a 12 anos de prisão.
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