segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Água de Itaporanga não tem mais condições de ser tratada e está em péssima condição

Não precisa ser um especialista para notar que o pouco d´água restante no açude de Cachoeira, que abastece Itaporanga, não tem mais condição de ser tratada e a bomba de captação já deveria ter sido desligada, mas, por uma decisão política, ao que parece, a Cagepa estadual insiste no tratamento da água à espera que caia uma chuva, o reservatório seja recarregado e o governo se livre de um grande desgaste popular que seria provocado pelo colapso.
                A precária condição da água já havia sido denunciada pela fundação humanitária José Francisco de Sousa à direção regional da Cagepa há dez dias, com grave risco à saúde pública, e, de lá para cá, a coisa piorou ainda mais. No entanto, o governo deu sobrevida ao sistema até 2 de fevereiro, uma atitude temerária. Na manhã deste domingo, 24, um membro da entidade não governamental esteve no açude e o que viu e sentiu é extremamente grave. Um poço de lama é o que aparenta hoje Cachoeira.
                Segundo o relato, acompanhado de imagens, a pouca água que resta no açude apresenta mau cheiro em função do excesso de matéria orgânica e da decomposição de animais e vegetais. A água é turva e também aparenta grande concentração de matéria mineral. A impotabilidade da água há muito é sentida pelos consumidores: o gosto e o cheiro forte causa estranheza na população, mas a maioria está bebendo a água porque não tem condições de comprar água mineral para o consumo.
                Os produtos químicos postos em uma água com excesso de material orgânica e mineral em vez de tratá-la pode resultar em reações químicas que podem provocar a curto e médio prazo muitas doenças na população pela ingestão da água. A fundação apela ao Ministério Público (MP) que também entre nessa questão sob pena de grave comprometimento à saúde pública. O MP precisa também reagir diante de uma omssão que causou toda a problemática: assinatura da ordem de serviço para a construção da adutora emergencial pelo governo, mas até hoje não cumprida.

Folha do Vale

Nenhum comentário:

Postar um comentário