quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Agravamento da seca aquece comércio d'água e a demanda por um novo serviço em Itaporanga

Duas esperanças davam a Itaporanga a quase certeza que a cidade não sofreria um colapso em seu abastecimento d'água: uma era a chuva e a outra, a promessa do governo Coutinho de trazer água de Nova Olinda para cá através de uma adutora emergencial, mas as expectativas estão morrendo a cada dia, especialmente com relação ao compromisso do governo, e a população urbana caminha para um momento de extrema dificuldade.
                Diante da iminência da falta total d’água nas próximas semanas em face da seca do açude, as pessoas de melhor poder financeiro estão arrancando água do subsolo. Aproximadamente 30 poços particulares já foram perfurados na cidade do mês passado para cá. É um novo tipo de serviço ao qual, pela primeira vez, a população está recorrendo para escapar da sede. No entanto, a maioria do povo, que é pobre, vai depender da ação precária do poder público e tende a sofrer muito se o colapso for consumado.
                Outra demanda que aumentou expressivamente com o agravamento da seca foi o consumo de água mineral. São milhares de garrafões de cinco litros vendidos mensalmente na cidade. As famílias com melhor poder aquisitivo estão comprando mineral para beber em razão da água do açude já estar com sua qualidade comprometida, apesar do tratamento que recebe da Cagepa.
           O comércio de Itaporanga nunca vendeu tanta água mineral como agora, segundo os próprios comerciante do setor, e esse segmento deve se aquecer ainda mais quando as torneiras forem desligadasdefinitivamente, um fato que ninguém deseja.

Folha do Vale

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